Em prol da construção de um estado livre da fome, o Bahia Sem Fome (BSF) se fez presente na VII Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Salvador. A mesa de abertura contou com representantes do Município, Estado, pequenos produtores e conselhos de segurança alimentar e nutricional.
Com o tema Superação da Fome e Construção da Soberania Alimentar com Direitos e Participação Social, a abertura do evento aconteceu na manhã desta quinta-feira (27), na Organização de Auxílio Fraterno (OAF). Na oportunidade, foram eleitos os delegados para a Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional.
O coordenador do BSF, Tiago Pereira, destacou a importância da sociedade civil organizada caminhar ao lado do Poder Público na construção de uma política alimentar consistente. “Essa Conferência significa muito. Ela marca a retomada dos trabalhos efetivos do SISAN e perpassa por questões como a inclusão da classe trabalhadora no orçamento público”, afirmou.
Ele reforçou a necessidade de ouvir a sociedade para construir uma política de combate à fome efetiva e com orçamento. Ele apontou que a agroecologia é o caminho possível para derrotar o flagelo da fome.
“Chega de consumir alimentos com veneno. Nós vamos vencer a fome com a agroecologia na centralidade deste processo”, completou.
Jucimaria Farias, do Movimento dos Pequenos Agricultores, destacou que o MPA trabalha pela soberania alimentar bem como pela construção de políticas estruturantes no campo e na cidade. Segundo ela, mais do que orgânicos, os alimentos devem ser agroecológicos.
“O conceito de orgânico foi captado pela indústria para vender alimentos mais caros. Já os alimentos agroecológicos respeitam o solo, a natureza e, principalmente, o camponês que os produz”, disse.
O secretário de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer de Salvador, Júnior Magalhães, destacou que todos os entes da sociedade devem se unir para acabar com a fome.
“A fome humilha, a fome massacra e, por isso, temos que ter uma junção de todos os esforços para combatê-la”, afirmou o secretário, que reforçou também a necessidade das ações emergenciais, como a distribuição de cestas básicas. “A fome não espera. A fome é cruel”.
Fonte: Ascom/BSF