Até o dia 29 de julho (sábado), acontece no Centro de Formação da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em Itapuã, o III Encontro da Rede de Agroecologia Povos da Mata. O evento, com o tema “Por um Projeto de Transição Agroecológica para a Bahia”, reúne agricultores da Rede de Povos da Mata, além de técnicos e instituições da sociedade civil e poder público envolvidos com a defesa da causa.
Aberto ao público, o Encontro conta com a Feira de Saberes e Sabores, as barracas trazem produtos de todos os núcleos da Rede Povos da Mata. São frutas, verduras, hortaliças, compotas de geleias e extratos, temperos desidratados e uma infinidade de itens produzidos nos biomas Caatinga e Mata Atlântica, seguindo os preceitos agroecológicos.
Diretamente da Lagoa Funda do Barro Alto, na região de Irecê, a Orgânicos do Quintal trouxe para a capital uma amostra do que produz. Responsável pela marca, Matheus Fernandes parabenizou a iniciativa da Rede que, com o apoio do Governo do Estado, está realizando o evento.
“É uma forma de mostrar ao povo das grandes cidades o potencial dos agricultores agroecológicos. Somos capazes de produzir em grandes quantidades alimentos de muita qualidade. Nós trouxemos para a capital produtos de excelência”, descreveu.
Representando o Núcleo Recôncavo, Diego Solano vive em Salvador e comercializa os produtos da agricultura familiar na capital. Ele conta que há um aumento da demanda por produtos sustentáveis e que o investimento em campanhas de incentivo ao consumo pode alavancar ainda mais a procura.
“À medida que as pessoas se conscientizam dos benefícios dos alimentos orgânicos e produzidos de maneira sustentável, elas passam a consumir. Por isso, é necessário que seja feito esse trabalho de apresentação para despertar a conscientização”, alertou.
A união faz a Rede
O presidente da Rede Povos da Mata, Hércules Saar, destacou a necessidade da união entre os agricultores e agricultoras para fortalecer o trabalho. A Rede, segundo ele, cresce à medida que cada produtor se aproxima dela para dar as mãos e construir a agroecologia no estado.
“Estamos aqui hoje unidos e buscando cada vez mais a união com o Estado e demais organizações para fortalecer a agroecologia em nosso território”, disse.
Segundo o coordenador do Programa Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, a fome só será vencida com a união de todos os entes sociais, com alimentos saudáveis, agroecologia e produção orgânica.
“Todos nós temos uma responsabilidade gigantesca nesse grande desafio da contemporaneidade, tanto aqueles que estão no Governo, mas também a sociedade civil organizada”, frisou.
Programação
Ao longo desses três dias, o evento vai oferecer ao público palestras sobre o tema da agroecologia, relatos de experiências no campo, além de apresentações culturais. Serão realizadas ainda reuniões de articulação e a assembleia da Rede. A feira funciona das 8h às 22h.
Fonte: Ascom/BSF