Dados divulgados pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional revelam que 1,8 milhão de pessoas convivem com o quadro de insegurança alimentar grave na Bahia, o que representa 12,9% da população. Para reverter este cenário, o governador Jerônimo Rodrigues lançou, no final do mês de março, o programa Bahia Sem Fome, que foi tema de uma reunião na Secretaria do Planejamento (Seplan), que contou com as presenças do secretário Cláudio Peixoto, do coordenador geral de Ações Estratégicas de Combate à Fome, Tiago Pereira, além de técnicos da Seplan e da Casa Civil.
Durante o encontro, o coordenador Tiago Pereira apresentou as etapas previstas do Bahia Sem Fome e os objetivos do programa, que envolvem ações divididas em dois eixos: emergenciais e estruturantes, com foco na doação de alimentos, geração de trabalho, emprego e renda e a produção de alimentos saudáveis.
De acordo com Pereira, o público prioritário do Bahia Sem Fome são, além das pessoas em situação de insegurança alimentar grave, as famílias que constam na lista de espera do CadÚnico, as mães solo e mulheres negras, pessoas em situação de renda, catadores de materiais recicláveis, povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares. Já entre as metas e indicadores, destacam-se o atendimento a 200 mil famílias com assistência alimentar e a redução em 50% no número de pessoas em situação de insegurança nos próximos quatro anos, passando a 6,5% da população baiana.
O secretário do Planejamento, Cláudio Peixoto, destacou que, desde o primeiro momento, a Seplan está engajada no Bahia Sem Fome, tendo contribuído com a doação de duas toneladas de alimentos no primeiro mês da campanha de arrecadação, além de colocar todo o quadro técnico da secretaria à disposição do programa.
“Essa é uma pauta central e prioritária da gestão estadual, liderada pelo governador Jerônimo Rodrigues. O nosso compromisso é dar todo suporte, pela qualificação da equipe da Seplan, para o fortalecimento institucional do programa, tanto com a ampliação da capacidade financeira, a partir da disponibilidade de recursos do tesouro estadual e da busca por financiamento de organismos e fundos internacionais, quanto pela sua valorização na elaboração dos instrumentos de planejamento, o que irá garantir a transversalidade necessária nas ações”.
Já o coordenador geral de Ações Estratégicas de Combate à Fome, Tiago Pereira, fez um balanço do encontro realizado na Seplan, valorizando o apoio disponibilizado para a gestão do programa. “O governador tem orientado que a construção e a implementação das políticas públicas tenham diferenciais, atendendo os anseios da população e, ao mesmo tempo, estabelecendo formas de governança, institucionalização dos processos com a participação da sociedade e uma relação harmônica entre as secretarias, órgãos e instâncias de governo. Está aqui na Secretaria do Planejamento em sintonia com sua missão e a sensibilidade do secretário é para que a gente consiga convergir as ações, estabelecer uma relação mais aproximada do ponto de vista da concepção, do planejamento, da efetividade e, principalmente, do monitoramento do Bahia Sem Fome”.
Fonte: Ascom/BSF