SEC e BSF discutem estratégias para identificar estudantes em situação de fome

A coordenação do Programa Bahia Sem Fome (BSF) participou, nesta sexta-feira (1), de uma reunião na Secretaria de Educação do Estado da Bahia para discutir estratégias que possibilitem localizar, na rede estadual de ensino, os estudantes que se encontram em situação de insegurança alimentar grave.

“Estamos buscando responder a duas questões que têm a ver com insegurança alimentar e vulnerabilidade social”, explicou a secretária de Educação, Adélia Pinheiro. “Se, por exemplo, o estudante de uma faculdade está vulnerável, mas nós estamos oferecendo o programa Mais Futuro, por que ele não conseguiu se inscrever nesse nosso programa?”, indaga a secretária.

Para o coordenador do Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, a constituição de uma rede de equipamentos integrados para o enfrentamento da fome é fundamental para o êxito do Programa. “Essa rede congrega o sistema de ensino, de saúde, de assistência social, de segurança alimentar e nutricional. Estamos realizando esse encontro para construir todo o processo metodológico, intensificando essa ação para encontrar os estudantes que precisam do apoio do Governo do Estado através do Bahia Sem Fome”, disse Pereira, explicando que está sendo realizado um cruzamento das informações do Bolsa Família, que é federal, com os dados referentes aos programas lançados pelo Governo do Estado, como o Bolsa Presença e o Mais Futuro. “De posse dessas informações, saberemos quais estudantes estão cadastrados no Bolsa Presença, no Mais Futuro, quem acessa o Bolsa Família. Assim, iremos identificar aqueles que estão em situação de fome, mas ainda não estão inscritos em nenhum desses programas sociais”, reforça o coordenador.

Fazendo a diferença

Dois programas lançados pelo governo estadual estão fazendo a diferença no enfrentamento da fome no estado: o Bolsa Presença e o Mais Futuro. O Bolsa Presença contempla os estudantes da rede estadual de ensino com R$ 150 mensais, acrescidos de outros R$ 50, se houver mais de um filho na escola. É preciso que os estudantes estejam registrados pelo Cadastro Único (CadÚnico), bem como precisam manter frequência escolar mínima de 75%. Os alunos também têm que participar das avaliações nas escolas, assim como as famílias (se convidadas a participar nas atividades). Em relação ao Mais Futuro,  é um programa de assistência estudantil, criado pelo Governo do Estado, para garantir a permanência dos estudantes que se encontram em condições de vulnerabilidade socioeconômica, nas universidades públicas estaduais (Uneb, Uefs, Uesb e Uesc).

São ofertados estágios e auxílio financeiro, este no valor de R$ 300 ou R$ 600 mensais. O primeiro valor é destinado a universitários que estudam a até 100 quilômetros da sua cidade de origem. Já o segundo é para aqueles que moram em cidades a mais de 100 quilômetros de distância do campus onde estão matriculados. Estando dentro do perfil do programa, o estudante poderá receber o auxílio desde o primeiro semestre até completar dois terços do curso.

No caso dos estudantes que são menores de 18 anos, os pais e/ou responsáveis precisam ir até a escola, preencher e assinar o Termo de Compromisso para receber o Bolsa Presença. Os estudantes a partir dos 18 anos podem aderir ao programa sozinhos, nos colégios onde estão matriculados.

Fonte: Ascom/BSF

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