Em apresentação sobre as ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), na Bahia, o diretor-superintendente da Bahiater, Lanns Almeida, defendeu a produção regular de alimentos saudáveis para o combate à fome no estado. O Seminário Estadual de ATER aconteceu nesta quarta-feira (26), no CTN, um dia após a apresentação do Plano Safra. O evento integra o Fórum Baiano de Agricultura Familiar.
De acordo com Lanns, a extensão rural eficiente deve ser feita com contato, proximidade e intencionalidade. Segundo ele, a ATER chegou a 127 mil famílias, em diversos territórios baianos. Apesar do número relevante, Lanns ressalta que o trabalho precisa avançar para atingir as 593 mil famílias que necessitam de apoio técnico.
O coordenador do Programa Bahia Sem Fome (BSF), Tiago Pereira, ressaltou que a luta contra o flagelo da fome está alinhada com o desenvolvimento agroecológico e da agricultura familiar. Prova disso foi o envio e aprovação do projeto de agroecologia, primeiro projeto de lei encaminhado pelo governador Jerônimo Rodrigues à Assembleia Legislativa.
“Nós só vamos conseguir vencer a fome com o fortalecimento da agricultura familiar”, afirmou Tiago Pereira.
O coordenador lembrou que, em breve, deve ser lançado o Brasil Sem Fome, programa do governo federal com muitos pontos em comum com o BSF.
“Esse lançamento vai ser muito importante, porque nenhum estado da Federação consegue combater a fome apenas com recursos próprios. É necessário o apoio do governo federal”, completou.
Também presente no evento, o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, ressaltou que o BSF e a agricultura familiar estão cada vez mais caminhando lado a lado.
“A estratégia do Bahia Sem Fome reforça a agricultura familiar, porque não há como matar a fome sem produzir alimento. E nós podemos produzir alimento do nosso jeito”, afirmou.
Campo produzindo
Representando a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Ivan Fontes ressaltou que os investimentos do Governo do Estado nos últimos anos resultaram na diferença considerável da insegurança alimentar nos meios rural e urbano. Na Bahia, diferente do que acontece no resto do país, esses números são maiores nas grandes cidades.
Ele destacou que o trabalho do CAR está intimamente relacionado ao objetivo maior de acabar com a fome na Bahia. “Nós estamos focados em ajudar esse Programa que já se tornou de toda a sociedade baiana”, disse.
Fonte: Ascom/Bahia Sem Fome